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Projeto quer maior agilidade na localidade e recuperação de crianças desaparecidas

11-10-2010 20:05

O Paraná possui inúmeros casos de crianças desaparecidas que até hoje estão sem solução. E o diagnóstico é o mesmo há anos – as primeiras horas são decisivas para o encontro da criança. Uma política de prevenção e maior agilidade nos casos estão sendo discutidos na Câmara dos Deputados. Tramita um projeto de lei que pretende criar um sistema de divulgação nos meios de comunicação que possibilite encontrar e resgatar com segurança crianças desaparecidas.

O deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR), autor do projeto, argumenta que é preciso acelerar o processo de investigação. “A cada hora que passa aumenta a chance de o seqüestrador se afastar do local”, disse. Na argumentação do seu projeto, o deputado Alfredo Kaefer diz que “o destino destas crianças é quase sempre trágico, podendo ser vítimas de tráfico de órgãos, exploração sexual, adoções ilegais, etc., mas na maioria os casos terminam com violência sexual e homicídio”. Por isso mesmo, “uma rápida divulgação do desaparecimento nas redes de televisão e rádio vai aumentar muito a possibilidade de sucesso em resgatar essas vidas”, enfatiza.

No Brasil, estima-se que 40 mil crianças e adolescentes desapareçam todos os anos. Cerca de 10 a 15% desses casos não são resolvidos de imediato essas pessoas permanecem desaparecidas por longos períodos ou jamais são encontrados.

O projeto de lei 2893/2008 no Congresso Nacional, chamado ‘Alerta Amber’, proposta pelo deputado se baseia em sistema implantado nos Estados Unidos, onde 800 mil crianças e adolescentes desaparecem todos os anos. O Alerta AMBER é uma homenagem a uma garotinha de Arlington, Texas, seqüestrada e morta em 1996. Ela tinha 9 anos à época e estava passeando de bicicleta perto de sua casa quando foi raptada por um homem com uma caminhonete. Seu corpo foi encontrado quatro dias depois em um canal a 6 km de sua casa. O crime jamais foi esclarecido.

Pelo projeto, os veículos de comunicação eletrônicos (rádio e televisão) ficam obrigados a veicular alertas com nome,descrição e imagens de crianças desaparecidas nas primeiras horas do ocorrido, desde que comprovada a situação por autoridade policial. “Temos estatísticas mostrando que esse tipo de alerta tem ajudado na recuperação de crianças e adolescentes seqüestrados nos Estados Unidos, onde o sistema existe há alguns anos”, diz Kaefer.

Desaparecidos

Casos não resolvidos de crianças desaparecidas no Paraná já tiveram muita repercussão nacional, como o do menino Ewerton de Lima Gonçalves, raptado quando brincava próximo à sua casa em Curitiba em 23 de dezembro de 1988 – há quase 21 anos.

Outro desaparecimento sem solução é do garoto Everton Picagna, de Corbélia – região Oeste do estado. Ele foi visto pela última vez no dia 10 de outubro de 1994 – há 16 anos – quando saiu de bicicleta para jogar bola em um ginásio próximo de casa. Tinha apenas 13 anos.

Talvez o caso mais emblemático seja o do garoto Guilherme Caramês Tiburtius, sequestrado em frente de sua casa em um bairro de classe média de Curitiba no dia 17 de junho de 1991. Guilherme tinha 8 anos de idade e nunca mais foi visto.